Rara Rosa Azul

Cala-te boca ! Sussurro em pensamento.

Julgo-me feliz por tamanha descoberta.

De onde saiste ? Oh ! Tão formosa e bela rosa azul.

Tua raridade me intimida a pensar, enigmático fico a sonhar.

Desvendando-lhe em partes, um sorriso num olhar.

Um misto de simplicidade e amor, oferecido aos honrosos por lhe verem !

Se pra tudo na vida existe uma razão, o que dá lógica a essa razão é você,

oh tão bela rosa azul.

Se me perco tentando me encontrar, me encontro perdendo-me em você.

Agradeço a natureza e a toda santa geração que lhe gerou.

Pois dessa forma, fui contemplado com o vosso perfume,

aroma esse que encandeia meu tão nobre e humilde ser,

sou preza facil diante tanta bravura, camuflada por tamanha fragilidade.

Sua beleza encanta e impressiona, não importanto a cor,

não importando o valor, não importando a idade.

A perdiição do ser humano se presume em sua tão grande ambição !

Mas por ser tão bela e pura, nos ensina a olhar e enchergar um-a-um o seu coração !

A esses seres que respiram riqueza, transpiram poder,

alimentam-se de horror, ensina e mostre a eles a tua face de amor.

Eres um ser tão pequeno e meigo, ao mesmo tempo grande e forte.

Não tens uma boca pra gritar atenção, mas tem luz própria pra encantar com emoção.

Não tens braço e nem pernas para se locomover, mas de forma peculiar,

se move para os nossos olhos e coração, pra de alegria o nosso ser encher.

Grito ao mundo e clamo aos ceus, para que não venhas a se perder,

nos acompanhando com amor e formosura,

com seus gestos de carinho e ternura, enfeitas a esse mundo nú e crú.

Não negue seu destino, não negue a si mesma, de forma linda e suprema,

eis o que eis enfim, minha bela, nosso presente...

Minha rara rosa azul !

Adriano Ambrósio
Enviado por Adriano Ambrósio em 12/12/2007
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