Minha Revolução De Abril

Eu vejo mães sem brilho

São filhos tagarelas.

É uma geração confusa

como flores sem pétalas.

Me tome pelo braço

Para aquele mesmo lugar

Onde o sol se põe em tons desgastados de azul,

e quando na há ninguém por perto

Por já sabermos o que fazer.

Tudo é inovação,

eu não sei a última vez

quando fui eu mesmo.

Algum lugar por aí,

são amores iguais.

Noites pueris

todas bancadas a bebidas.

Nós éramos tão espertos...

As garotas desciam coradas

de carros melhores que os nossos.

Logo, somos a revolução!

mas ele viu algo a mais.

Eu nunca fui desse tipo.

Eu fecho meus olhos

imaginando-me

Numa antiga revolução de tristeza

Com pêssegos desbotados

e um céu monolítico romano.

E escrevo sobre como

Abril me dispersou.

E o que faremos então,

quando chegar Maio?

Minha vida em um limiar

Ao platô do âmbar

É difícil dizer não

a um estranho no espelho.

Então nos incite ao ódio

nós somos muito rudes

e não tão honestos.

E se arrastando pela areia movediça,

de volta até onde,

suas roupas foram roubadas.

São os filhos de novembro,

péssimos carnavais.

Não há cidade sem invadir

esperando o armagedom nos alcançar

Apenas se, todos os dias fossem como domingo.

Oh, mas meu Deus.

Como eu não queria estar aqui.

Então em Abril eu escrevo,

esperando pelo próximo Abril

chegar...