Olhos

No meio da noite só seus olhos sorriam pra mim

Como fogueiras a queimar as bruxas

Com um ar tão vulgar que me deixou desconfortável

Com aquele ar de quem vai avançar o sinal

Belos olhos de fogueiras ferventes

Belos olhos de alma vagante

Belos, bela, bela ilusão que me acende.

Acenda os meus extintos sacanas

Adormecidos no "felizes para sempre"

E no meio do que se diz ser noite

Os faróis ressurgiam...

E entre os rostos sem expressões

De bonecos de porcelana sem pintura a mão

Ressurgi o que eu pretendia te dizer

Ressurgi aquela vontade de ter seus olhos olhando para mim

Ressurgi aquela vontade de olhar sem parar ...

Santiago Belmont
Enviado por Santiago Belmont em 13/12/2007
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