A PALAVRA QUE DEFINE

Fico preso no gargalo da escolha

Tu exiges um resumo, um comprimido.

Como posso espremer o universo?

Como posso na palavra encerrar?

Se o fizer ficará tão dividido

O sentir nessa sentença expressar.

Vejo no mar uma escolha descabida,

Mesmo imenso ele não pode voar.

Ambos calmos e revoltos ao mesmo tempo.

Dependendo da profundidade a enxergar.

Tens o vento a escolha colossal,

Mas escapa do tocar e do olhar.

Como pode ser aquilo que completa

Se no espaço ele nunca estará?

Vejo o fogo dançando candidato

Querendo ser o contemplar definitivo

Só que o encanto queima e assusta toda a pele.

Não se toca um solitário que só fere.

Tenho então uma missão mais que impossível

De fazer o que me pedes, em resumir.

Não consigo conter em uma palavra

Tudo que consigo sentir e ver em ti.

Pena o mar, o vento, o fogo.

Talvez eles tentem ser você ao nascer de novo.

Cadusoares
Enviado por Cadusoares em 03/05/2023
Código do texto: T7779012
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