Objeto de amor

Ó doce pomo que aos famintos se eleva,

Cai-te quando maduro estás.

É de ti que os esfaimados pássaros se alimentam.

Ó puro mel que reside no efêmero fruto,

Eternidade contida no que se encerra dentro de ti.

Ó dulçor de carne oculta pela beleza que lhe veste.

Que cheiro é este que de ti emana?

Embriagador desejo.

Baloiça doce pomo no colo de vossa mãe

Enquanto espera a criança com as mãos em forma de concha que te caias.

Ó fruto, poque fizeste a ti o Deus tão perfreito?

Permita que de ti comam os Homens

Para que não seja a podridão o fim que te espera.

Belo Horizonte, 11 de agosto de 2006

Rodrigo Ribeiro
Enviado por Rodrigo Ribeiro em 15/12/2007
Código do texto: T779217