Hino ao amor
Lembro-me ainda da tua pele clara tal a lua,
A menina que fagueira desponta no horizonte
Erguendo um hino de doçura ao amor eterno
Ao desbotar a paisagem do dia que já se vai
Cedendo lugar à noite que me desperta no tempo
Que por muitas vezes viu a nossa despedida
E em tantas outras foi a própria partida
Decorada pelas estrelas mais límpidas lá do céu
Que no limite da sua imensidão era pequenino
E me devolvia em versos as impressões de menino
Com o vento leve roçando em minha face risonha
Com um brilho límpido no olhar que me fez voar:
O mesmo olhar que refletia os teus olhos azuis
Aqueles que me fizeram percorrer cada recanto
Na busca pelo teu encanto de ser a minha donzela,
Aquela que inspira a própria lua em sua jornada
Quando enfeitiçada, se disfarça a sorrir de lado,
Fazendo no mundo inteiro soar o teu riso feliz
Que inebria de paz minh´alma de poeta aprendiz
O mesmo que te canta em versos por todo sempre
Desde que te encontrei rainha nas asas do tempo
Passando pelos palcos da nossa própria história
Que guarda o milagre de um amor que não finda
E declama o teu nome às margens da eternidade
Prá que a saudade te faça ainda mais linda.
Ilha, 15.XII.2007.
(Obra protegida pela Lei 9.610/98)
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