A prece de um poeta
Oh! Pai eu peço de todo o meu coração:
Que seja dada luz aos homens em sua essência
E que os rabiscos do meu papel ressoem fieis
Voltados para o infinito chamado de “ser”
Grafados na tinta que não sai, não desbota,
E que transborda pelas raias da abóbada celeste
No vôo do pulsar e no brilho dum olhar de amor...
Oh! Pai eu peço de todo o meu coração:
Que não me faltem os versos pra tocar
E que os sonhos sejam todos recompensados
Voltados para o encantamento de todas horas
Grafados na tinta da canção do velho homem
Que transborda dos poros desse poeta infante
No vôo das palavras que se lançam ao papel...
Oh! Pai eu peço de todo o meu coração:
Que o encanto da mulher amada se perpetue
E que os sinônimos consigam descrever a sua tez
Voltados para o céu anil do alvo alvorecer
Grafado na aquarela de um olhar antigo,
E que transborda o brilho do sorriso adorado
No vôo das mãos que se encontram mais além...
Oh! Pai eu peço de todo o meu coração:
Que a tinta possa escorrer pra eternidade
E que o meu português me permita descreve-la
Voltado para o frescor da sua pele de rainha
Grafado na pintura de um peito encantado,
Que transborda a razão de todos os tempos
No vôo dos seres que persistem aos séculos...
Oh! Pai eu peço de todo o meu coração:
Que a tinta possa fluir de minha pena infantil
E que o meu caminho seja a trilha do seu seio
Seja voltado para o amor que me tem marcado
Grafado nas cores de um sol que se põe rajado,
E que transbordam o pulsar de todos os corações
No vôo dos poetas que vagam pelo tempo...
Oh! Pai eu peço de todo o meu coração.
Ilha, 05.VIII.2007.
Dedico estes versos a minha amada e a todos.
(Obra protegida pela Lei 9.610/98)
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