Meu Vício

Dizer-te tudo que quero

é tarefa difícil,

posto que não existem palavras

que justifiquem o meu vício.

 

E esse meu vício não é coisa pequena.

É doença grave,

que por vezes envenena.

 

É uma chama que arde;

queima a qualquer um

sem medo,

sem dó,

nem pena.

 

O meu vício me deixa alucinado,

por vezes quieto e tão calado,

que só escuto a voz

que vem de dentro de mim.

 

Em meu mundo há só uma cor:

A das perguntas sem respostas.

E não há remédio algum para o meu vício,

posto que, para ele, não há cura.

 

A não ser que se abram as portas da felicidade

e por elas você entre...

Para me entorpercer,

alucinar-me com a luz dos teus olhos

e levar-me a terras tão estranhas com teu beijo

que jamais pensarei em me encontrar novamente.

 

Pois o meu vício está na cor dos teus cabelos,

no aroma que tem o teu cheiro,

no toque suave dos teus dedos e lábios.

 

E se queres a verdade,

que seja então ela dita:

O meu vício quase prescreve o obituário

desse corpo que de você necessita.

 

Versão em Espanhol

 

Blogtree

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Oscar Calixto
Enviado por Oscar Calixto em 05/06/2023
Reeditado em 05/06/2023
Código do texto: T7805795
Classificação de conteúdo: seguro
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