Ar seco

As memórias ficam borradas

E mais adianta há uma neblina.

Tateio os muros com as costas da mãos,

Mas, é tudo tão igualmente frio.

Em parte, não tenho um destino

Também não tenho qualquer lugar para voltar.

Há somente um ar seco que arde minhas narinas.

Nem uma maldita chuva que pudesse me renovar.

A bússola está quebrada.

Estou à deriva na lama.

Estar de olhos abertos não me ajuda.

O quanto antes espero poder fecha-los.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 11/06/2023
Código do texto: T7811308
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.