Espelho do afeto

Em tempos idos de amores sãos,

De mãos que se davam à bela arte

A parte, incompletude e o ardor

Embriagavam de amor os boêmios

Suspiros ao vê-lo, um calor perfeito

Olhares tímidos, sopros ardentes,

Teço palavras castas e reluzentes

Para envolver a ti, maravilhar a ti

Oh cores, estas cores de encantar

Oh abraços, tão cálidos abraços

Quero me aninhar em teu peito

No jardim eleito da calma que és

Verdejantes são os versos do cantor

De toada e dulçor ressoa a cantiga

O rubor dos teus lábios, meu senhor,

É a chama que me aquece e me abriga

Assim, em rondas me entrego

Ao clamor que me excede o coração

E transborda os poros corporais

Selando, ademais, a nossa união

Oh tempo, benfazejo tempo de amar

Fiques suspenso nas rimas, no ar

Acolha de bom grado este conselho:

Queremos eterno o espelho do afeto

Que viva hoje tal sempiterno afeto

Afeito às espumas suspensas do céu

Aurora e ocaso, alvorada e poente

O quente aquarelar do céu, queremos

*𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘡𝘦𝘤𝘢 𝘍𝘦𝘳𝘳𝘦𝘪𝘳𝘢

Felix Ventura
Enviado por Felix Ventura em 12/06/2023
Código do texto: T7812039
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