AMOR, UM POEMA DE NÓS DOIS
...o rufar do vento,
na soleira de tua porta,
anunciará minha chegada...
...chegarei em silêncio,
preservando o sossego,
de teu sono...
...a paz,
de teus sonhos,
em minha ausência...
...ah !
...se soubesses,
que este mesmo vento,
me traz...
...uma ruidosa saudade,
mesmo antes,
desta fuga necessária...
...e já ruge,
pelas frestas das portas,
e janelas...
...do meu ser,
que reluta,
em resistir...
...à força,
da tormenta,
deste amor, enfim...
...não se preocupe,
sei como,
sobreviver...
...a este querer,
alimentando-me,
do muito de você que vive em mim...
...porque,
deste-me muito mais,
do que pensei merecer...
...o que encheu-me,
desta vontade,
absurda de viver...
...voltarei sim,
e sussurrarei,
baixinho...
...como o vento,
a sibilar,
em tua porta...
...e então,
te despirei,
do poema...
...e tocarei,
a pele nua,
da tua poesia...
...cuja melodia,
dançaremos,
nus...
...de todos os medos,
e estereótipos,
do mundo real...
...nos amaremos,
embalados,
por nossos desejos...
...na sanidade,
louca deste sonho,
de amor, surreal...
Bené Bené