Pupilas

Pupilas dilatadas, por mim ou pela noite

vaga,

Atraem sempre os meus

olhos, e eu

De sorriso largo, estampado, admiro farto,

Se não infarto, é por que ainda respiro,

E me atiro,

No breu dos teus cabelos negos, e divago, divago,

Procurando em vão pelo seus quereres,

Não vejo, não ouço e não sinto.

Sigo.

Desatino a pensar, racionalizar

Para mim, não basta olhar, e intentar,

Quero sentir e tocar

Quero poder

E que me permita no olhar

No semblante, com tranquilidade

Ir

Adiante, e profundo

No fundo, sei que algo te prende

No tempo

Ou em outros amores,

talvez diversas outras dores

e pudores

que depois de instantes, secam o brilho dos seus olhos

e eu, coadjuvante, retraio o riso,

o toque e o que pode ser,

mas não é ainda,

mais que um olhar amendoado,

dilatado, por mim?

Pela noite.

Diomezio Almeida
Enviado por Diomezio Almeida em 03/07/2023
Reeditado em 04/07/2023
Código do texto: T7828691
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