Olhar de criança

Bando de rolinhas pousou no solo em busca de alento, andou sobre as sementes, ciscou e nada comeu, não achara o milho que o lavrador havia moido e espalhado pelo chão no amanhecer cheio de flores, onde os amores se encontravam para vida continuar num renascer sem fim.

Gruindo e cantando a sapatear sobre a areia colorida do norte, saltando feito pipoca com a força do vento que batia no chão, com o avisar do trovão cuja tempestade que lá longe se formava, sobre a qual poderia nem cair, mas de repente em revoada para o abrigo na copada se foi, onde nada a incomodava, nem mesmo o gavião malvado.

Depois de tudo me recolhi, conversei, sorri e brinquei, criança eu era, dormi e só no outro dia acordei, esse foi de verdade o sonho que eu não sonhei, do alpendre da fazenda assisti ao vivo e só agora te contei.