Chuva sobre coração

Quando o estímulo precioso é capturado

Estímulo colhido com cuidado, com hora

E lugar certos, ele é capaz de gerar água

Uma gota de água, multiplicando-se em várias

Até virar uma coletivo de várias gotinhas

Chamado de “chuva”, incidindo

Do macarrão de carne responsável pela razão

Até a bomba um pouco abaixo dele

Também feita de carne

Responsável por enviar as águas

Das emoções enviadas por cartas

Da cabeça para o peito

A chuva é tão intensa

Que o coração não consegue mais

Represar e ocultar

Só consegue transbordar

Por meio de uma palavra carinhosa

Um gesto de afeto

Um toque caloroso

Um olhar atento e exclusivo

Chegou a um ponto

No qual as gotas se acumularam

Virando enchente, cachoeira

Meu peito abriu, rompendo

Em água, transbordando

Enchente, me carrega

Sem obedecer a minha resistência

Apenas me conduz

O destino final

Ela própria deduz

Ela não me leva para longe

Mas sim, para perto de você

Da sua presenca, do seu abraço

Do seu contato, me liga a você

Não consigo sair, pois a águas

Que me envolvem, me cercam

Limitam minha saída

Somos só nós dois

Capturados pela enchente

Do quente sentimento

Que nutro por você

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 21/07/2023
Código do texto: T7842409
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