No pé da serra

A chuva havia cessado, na baixada rio transbortado, pássaros cantavam felizes o infelizes não deu para saber, planejavam novas revoadas, a provocar movimento de seres inanimados.

Paixão explodia no peito, não havia outro jeito se não o gesto simples de amar, um canto de paz ecoava no entorno fazendo o lavrador se alegrar com sol reaparecendo, trazendo novas perspectivas para o povo do lugar.

Enquanto o menino pastoreava na relva molhada o sentimento fluía, subia e descia a sem qualquer pretensão, acalmou-se a ventania, tudo se fez silente, a palavra valia transformu-se em amor.

Ao pé da serra, o sol voltou a brilhar, o povo voltou a se abraçar, chuva de prata trouxe alegria, cobriu com seu manto sagrado, povo do lugar.