A ROSA E OS ESPINHOS.

Procuras-te em todos os jardins, uma bela flor para colher,

Entre todas te escolhes, a mais bela e cheirosa rosa-vermelha.

Não pensaste e simplesmente colheu-a,

Achaste que só por admirar, ela viveria a aflorar.

Mas com o passar do tempo viste algo acontecer,

Sua bela e cheirosa rosa enfraquecer.

Entrou em desespero, por suas pétalas que caiam;

Não entendia, porque as lagrimas surgiam e seus olhos escorriam,

A dor que ambos sentiam era causada apenas pelos espinhos.

 

 

Ela então soltou um grito de agonia,

O céu estremecia, de tristeza ela perdia. O perfume não florescia,

O tempo passou e você aceitou, a flor que murchou a cada dia.

Não se preocupou, de desespero ela negou seu último desejo.

Por dor se fechou, uma lágrima rolou e somente o vazio ficou.

Porque seu jardim você não cultivou.

 

Eis que um belo dia chuva chegou;

No belo jardim do amor.

O caule que sobrou, um novo jardineiro aparou,

Sua raiz ele plantou no canteiro que cultivou,

E uma nova rosa-vermelha brotou.

Sua pétala aveludou, com o carinho que chegou,

Sua aresta ele podou, seu espinho tirou,

Seu perfume inebriou, seu sorriso voltou,

Pois ele a deixou no belo jardim do amor.

Todos os dias ele a regava com tamanha admiração,

Por saber que ela se abria para a nova vida que surgia.

 

O que ela não imaginaria, que o velho jardineiro que teria sugado toda sua energia enquanto ela morria;

Voltaria, e a reclamaria, pois ele ainda a queria com os espinhos que mantinha, sem perfume e alegria.

Mas o que ele não sabia, o tamanho da força que escondia,

Pois o jardineiro dos seus novos dias, lhe ensinou com esmera simpatia, que sem água ela morreria novamente a qualquer dia.

Pois desta fonte ela poderia viver com alegria, entendeu que os espinhos não a feriam e sim defendiam.

Sem seu antigo dono viveria em paz e sintonia, pois ela já não precisaria de migalhas que ele oferecia.

A chuva que caia era suficiente e bastaria, o sol que nasceria alimentaria sua energia, e a abelha colheria seu pólen todos os dias;

O mel que produziria adoçaria seu novo jardineiro, que com esmero desejo, sua rosa beijaria, mas no seu jardim a deixaria florescer todos os dias.

 

Sonia Maziero
Enviado por Sonia Maziero em 19/08/2023
Código do texto: T7865419
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