Ah o amor...

Nem todas as cartas de amor foram em vão

Nem todos os sonhos se apagaram

Restaram as lembranças que vivem às cinzas do fogo gerado.

Mas as rosas revivem

Revivem das lágrimas derramadas

No buquê de outrora entregado

As confissões de um amor inabalável

As juras tão sinceras quanto à de um réu julgado.

Mas o amor é uma eterna entrega

Uma eterna busca

Tudo é eterno no amor

Até que se olhe novamente para as cartas

E lembra-se do fim...

Mas as rosas...

Elas continuam ali

Superando cada fraqueza do teu coração

Que não soube suportar a solidão.

...

A volta sempre é uma possibilidade

Mas nunca uma certeza

Quando ela acontece

Muitas outras promessas são feitas

Ditos que dessa vez se cumprirão

Posto que todos os erros fossem revistos

E toda a magoa apagada.

E o que sobra de toda esta história

É apenas a alegria de vivenciá-la

Mesmo que todas as histórias de amor não puderem ser eternas

Por que não ao menos poder imagina-las?