VIVENDO DE SOBREPOSIÇÕES

Em cada dia, em cada noite,

Quero a sorte de ter-te para mim!

E nessa lembrança que me toma,

Desfrutar de algo que eu nunca senti.

Seria vulgar, se eu cedesse a certas volúpias,

Quando a verdade não revela os seus meios.

Nesses, erros, enganos e, até mesmo acertos,

Vejo um coração que não consegue ser perfeito.

“Estoy ahogando sin tu amor”,

Antes que eu desista de entendê-lo!

Pois, sendo assim, tens sobre mim, efeitos,

Dos quais não sei direito, o que,

Eles são capazes de vir a fazer.

Depois de anos,

Num passado insano!

É que um sorriso se despertou,

Quando já era lá pelas seis.

Por um instante apenas,

Ansiei que deleita-se em meus braços,

Sem qualquer necessidade,

De se questionar sobre tal realidade.

Como nada mudara em ti,

Mas, creio, que eu me fiz assim,

Amante das letras e das canções,

Entretanto, longe de amores e invenções.

E nisso, estou mais absorto,

Vivendo de sobreposições,

As insinuações de minhas loucuras,

No que tange o meu ser, que se enigma.

Poema n.2.987/ n.56 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 02/09/2023
Código do texto: T7876130
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