40 Anos de Bienal

Se você não sabe vou lhe dizer: sou feito abelha na colmeia, operário das letras, pertenço a uma alheia de artistas contemplando a felicidade; seguindo a multidão, porque com ela não tem mutreta, muro nem mureta não, só transparência nas palmas das mãos.

Escrevo e vendo livros para espalhar cultura, não para ganhar dinheiro não. Ah, como é bom ser feliz assim falando das letras, curtindo os quarenta anos de Bienal no Rio de Janeiro, numa alegria sem fim, onde me tornei marcante presença na multidão, que formava um verdadeiro engarrafamento humano sim.