E se...

E se a gente amasse sem prometer nada, nem querer nada em troca, sem desejar ser amado, sem desejar amor de volta. Amasse pelo simples prazer de sorrir por dentro e por fora só de sentir o sentimento nos preenchendo por inteiro sem hora de ir embora.

E se a gente amasse mesmo sem razão, sem motivo, sem garantias, amasse pela paz que esse sentimento nos traz. Se abrir com toda a força do ser pelo sentimento em si, sem amanhã, nem ontem, pelo hoje, o agora, o instante, o eterno do momento que se faz.

E se a gente amasse se amar, se bastar, se admirar e procurasse amar o outro não como complemento de si, mas pelo bem nos que faz amar. Se não for para ser o que que tem? Não deixa-se de amar por isso, o amor não vem do outro e não depende desse para existir.

E se desaprendêssemos tudo sobre o amor e ouvíssemos somente a voz que não cala dentro do peito e acordássemos decididos a amar por amar. Amar sem julgar, culpar, venerar, idolatrar, sendo o verbo amar o único a imperar.

Nem tenho palavras para definir quão bom seria, só de imaginar sinto meu peito inflar com tanto amor que tenho para dar e por medo não deixo escapar.

E se...