Não me olhes...

Não me olhes assim...

Podes descobrir o que tento ocultar.

Mal sabes dos espinhos que me ferem...

Tenho marcas que escondo.

Sou toda arisca... Tens que saber chegar.

Cuidado onde pisas... Pode ferir-se...

Minha estrada é feita de cercas que

Construí. Farpadas.

Palavras são poucas... Sou toda atitude.

Não se comova... Sou dura feito aço.

Terás que ser bom alquimista...

Dizimar mágoas... Descobrir minhas essências.

Provocar mistura que exala confiança...

Não me olhes assim...

Meu medo é maior que teu desejo.

Podes sangrar...

E dar-te-ei as costas...

Irá meu nome gritar...

Meu horizonte será o mesmo.

Não me olhes assim...

Não com vontade de mim!...

Cida Luz

26/11/07

Cida Luz
Enviado por Cida Luz em 23/12/2007
Código do texto: T789271
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