TALITA

Azul celeste, paira em teu seio a Estrela D´Alva

A rútila pedra preciosa

Única da manhã - És orgulhosa!

Tal Narciso, luzido no romper da alba!

Em teu despontar, aponto as epopeias

D´um fulgor maior, porém eclipsado

Ó olhos ilibados do pecado

Cerrados, jazem em pompa de rosas e azaleias!

Soa qual trovão a voz que clama - Talita!

E do seol, a joia em nenhum cálamo descrita

Fulge além da Estrela D´Alva, mitigando a soberba de Narciso!

Homero, Ovídio, Virgílio

Jamais a poesia descreveu d´um lírio

A beleza augusta e primaveril de tal sorriso!

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O texto faz referência à filha de Jairo, Talita, de 12 anos, ressuscitada por Jesus, que lhe sussurrou - "Talita cumi", que em aramaico quer dizer "levanta-te, menina"

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Observação

1 - “cálamo” - Escrita onde se usavam a pena e o tinteiro

2 - “seol” - Sinônimo de “sepultura”

André da Costa
Enviado por André da Costa em 07/10/2023
Reeditado em 07/10/2023
Código do texto: T7903154
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