A carta
Recebi uma carta do destino
Deveras misteriosa pois não era
Para mim a bela prosa verbal
Muito eloquente quase informal
Nas linhas de não ouvi dizê-lo
Poderia ser os punhos de um anjo
Querubim ou uma caneta velha
Falando blasfêmias de mim
Ou coisas inventadas jogadas
Na cama, na sala, pendurada
Na confluência espartana da espada
Sei lá, Dormi como um pecador, nada sobrio, nada mundano , nada poético.