Estilhaços

Olhando pro espelho,

Percebi tudo que perdi.

E com isso, abandonei um antigo medo.

Vivi cometendo os mesmos erros...

Uma vida reclusa

É só para manter uma falsa postura.

Nada pode, e nem vai

Influenciar na minha conduta.

Já me vi em um poço,

De um destino incerto.

É que quase sempre mais erro do que acerto,

Estava sem como voltar.

Então tive que aprender a escalar...

Finalmente no maldito topo,

Refiz toda minha trajetória.

E descobri a causa de tanta revolta.

Lá em baixo, me deixei.

Com antigas dores me moldei.

De longe avistei um corpo

Estirado no chão,

Atos que foram

Ocasionados e acarretados

Por um homem

Que partiram seu coração.

Deslumbrei alguns tipos de dores.

E meus erros, foram todos

Cometidos por uma errônea interpretação.

Em uma estrada longa,

Andei, e olhei em volta...

Sentindo que a morte me assombra,

Mas dessa vez ela não me amedronta.

Jurei que estava blindado,

A falta de amor me fez enxergar

Que nenhum peito é de aço.

A pior coisa é ter perdido

Alguém que já foi amado.

Escrever é tudo que faço,

Para deitar e me sentir

Um pouco menos culpado.

Amores... São apenas recortes do passado.

Tudo tá tão pesado,

Que quando escrevi

Chegou cansar meu braço.

Coisas que não esqueço,

Que não quero deixar de lado.

Tudo que sobrou foram os cacos.

Remoendo todo tipo de estilhaço!

Quando me deito,

Relembro de tudo,

E tudo vem como uma

Perfuração em meu peito.

E tô cansado de fingir que estava bem.

Ainda sinto gosto do seu beijo,

Junto do seu cheiro.

Que fez brigada no meu travesseiro.

E desgraça na minha mente.

Tentei arrumar um jeito,

De te ter por perto.

Fiz, e ainda faço tudo que possa ser feito.

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 16/10/2023
Reeditado em 17/10/2023
Código do texto: T7910410
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