CORAÇÃO DE IMPERFEIÇÕES

Como se o pranto fosse me despertar!

Numa viagem que agora não dá pra negar.

O fato é que já não penso, nem entendo,

Os motivos de querer-te de mais,

Quando em todas as vezes, eu me perdi,

Pela sua voz, a qual ouço sair de mim.

És este som que desconheço,

Uma utopia, a qual não mereço!

Minha essência te chama pelo nome,

Quando não clarifica todos os teus segredos.

Tive até que mentir para me salvar,

De um coração de imperfeições,

Onde ao despir a poesia que se desvirtua,

É a pele e o desejo a possuir-me,

Diante das minhas novas conjunturas.

Quero imaginar que sou ,

O protetor de tuas vidas passadas!

Tomando-te a alma com asas aladas,

Numa fome tão louca, e deveras febril.

Que isso não seja uma hipótese psicológica absurda,

A esperar-te inteiramente num tempo e num espaço?

Num certo paradoxo de buscas sentimentais,

Por alguém que por si só, não se assume.

Se o deserto passa a falar comigo,

Observo-me que sinto algo inexplicável,

O que não se pode prever num instante,

As nuances, a levar-me a não conseguir respirar.

Poema n.2.993/ n.62 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 17/10/2023
Código do texto: T7911013
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.