DIGO-TE, BAIXINHO

Digo-te, baixinho,

e em prosa,

o que os meus versos

são incapazes de dizer-te

porque, por mais que eu tente,

não encontro rimas

e a métrica, quebrada,

não tem sonoridade.

Digo-te, em prosa

e bem baixinho,

o que os meus versos

não podem traduzir...

porque não há nenhum poema

mais belo que teus olhos

e nenhuma música

é mais melodiosa que teu riso.

Digo-te baixinho,

e em prosa,

o que os meus versos,

inúteis,

são incapazes de expressar..

porque não há como rimar

o teu amor

com a terminação sem cor,

da minha pobre poesia.

Digo-te então,

baixinho e em prosa,

fluida e solta,

deixando que as palavras

me transbordem da boca.

Porque os versos...

esses, sempre se quebram

transformando-se

em

so

lu

ços.

BH - 11.03.05

lisieux
Enviado por lisieux em 25/03/2005
Reeditado em 25/03/2005
Código do texto: T7920