ANELO

Prados, vales, planura...

Perdidos, distantes, sagrados!

Veios de rios imaculados

Abrandai ó Pátria, minha ânsia e usura!

Bem o sei! Teu tesouro não é a gema

Não jaz no relicário, mas a própria Czarina...

Os olhos divos da menina

Que ofuscam o brilho de faustosa diadema!

Atlântida, Lemúria, que gema alvinitente

Ocultam a olhos que mesmo o Sol Poente

Em teu recôndito seio há de alumbrar?

De certo a fausta Diva a mim negada!

Ó alma penitente e torturada

Se anelo, qual Deus ao ver tais olhos, me há de condenar?

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Observação

“diadema” - No texto, está no sentido de “coroa”, como as ornadas com pedras preciosas

André da Costa
Enviado por André da Costa em 25/11/2023
Código do texto: T7939746
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