O pouco que era o bastante...
Sei que nada sei, quem dera aprendesse
Aprendesse com a dor a dar valor ao pouco
Pois o pouco não parece tão pouco agora.
Pena que foi preciso que acontecesse
De o tempo, esse malvado, louco...
Não suportar a efemeridade lá fora.
Sim, agora que já passou e foi embora
Deixou a saudade, pelo menos, aqui dentro
Só que ela invade e não tem compaixão
Insiste em mostrar o que seria naquela hora
Em que o pouco, que era muito e que era sedento
Seria o bastante, naquela hora em diante, para o meu coração.
Sei que nada sei,
Mas aprendi a lição
E algum dia, novamente eu terei
Aquele pouco, daquela paixão.