As últimas forças

Da luz de teu olhar foram criados infinitos caminhos em meu coração

Cada um deles repletos de gentes e animais e flores

E eu nunca mais senti solidão

Minhas fraquezas foram se apagando como dorme um vulcão

Da luz de teu olhar surgiu um clarão na minha Escuridão

E quando não havia mais ânimo na minha alma

Eu senti o toque de tua leve mão

A erguer-me da lama da podridão

Da luz do teu olhar me veio a radiação que aqueceu meu coração

Da luz do teu olhar cujos olhos estavam além de distante mão

E eu que não cria mais em qualquer solução

Ergui-me juntando as últimas forças de meu ser em decomposição

E caminhei palmilhando sobre as pedras no chão

Fui rumo ao clarão da luz de teu olhar

Que me animou alma, corpo e coração...

E passei do limitado, morto, ao infinito

Como se o universo fosse um balão...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 06/12/2023
Reeditado em 06/12/2023
Código do texto: T7948564
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