Dentro das noites violadas

Dentro das noites violadas

Entres os sofrimentos excruciantes

Moldam-se meus seres tristonhos

Que me olham com esguelha desprezada

Destruindo fontes de alegria que não

Consigo mais apalpar...

Dentro dos dias mais sombrios

Onde não há rumos a trilhar

Eu me perco em meus novos caminhos

Pisando onde ninguém mais quis pisar

Entre a tarde envelhecida

E a jovem alvorada

Há um intervalo em que ressoam

Meus sonhos, que se apagam só de os pensar

E essa luz fugidia que não encontro

Mas a que outros tanto vejo cantar

Descrevendo cantos de aves e flores

Estou certo de não ser capaz de imaginar

Em mim se debatem furacões

E uma eterna vontade de chorar

Dentro das coisas violadas

É que encontro como que um ninho

Onde jamais consigo me realizar

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 07/12/2023
Reeditado em 07/12/2023
Código do texto: T7948971
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