NUM OUTRO SORRISO

Desconecto de tudo que foste antes,

Que entregou-me a mais linda das realidades,

Aquela, jamais vista por mim,

De que pelo menos, por um momento,

A poesia se tornou carne de verdade.

E eis o apagar das luzes,

O encanto a qual permanece.

Que para sempre será a linguagem,

De meses, trazida pelos vastos mares.

Verbetes, hoje, estão mudas!

Mas caminhará para muitos lugares.

E já tem tanto de ti, oh, rimas,

Em novas preciosidades.

O ponto final de tudo!

Contudo, é o começo de todas as coisas.

A esfinge de tantas outras e,

O sublime tocar da musicalidade.

Aquilo que se esconde, será revelado!

Mais cedo, ou mais tarde, lembrado,

Quando o som das eternas trombetas,

Soarem nas catedrais imateriais.

O que se procura, ainda é incessante,

E vem a empossar de um espírito,

Que às vezes se transfigura,

Somente pela liberdade que vejo!

Graça plena de um ser vivente!

Este capaz de se recompor,

Reconsiderando muitas vertentes,

Concedendo a si mesmo,

O reacender das chamas.

Fostes e não voltarás a ser,

Porque mudas constantemente,

E ao abrir meus olhos, deparo-me,

Estando num outro sorriso iminente.

Poema n.3.022/ n.91 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 11/12/2023
Código do texto: T7951838
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