CREPÚSCULO CRESCENTE

Em rosas, versos e vinhos,

Eu não quero nem lembrar.

Nesse véu que cobre teu rosto,

O dilema é tentar se fechar.

Seus olhos não me convencem,

E por vez, digo o que esperar!

Que amar é trair a mim mesmo,

E que porta trancada, ninguém pode entrar.

É por esta razão que,

Nenhuma nova inspiradora,

É capaz de entender meus escritos,

Nem como eles se completam ao mar.

Os mananciais, são porventura,

Águas que correm ininterruptas,

E lá na distância, eu vejo,

O tempo que não quer parar.

Questiono para a minha inteireza:

-E as questões imutáveis?

Respondo-me mediante ao que penso:

-Existe um enorme intervalo,

Algo entre eu e todas as musas,

Nisso, todas as coisas, sim, são imutáveis.

Talvez, de maneira hipotética,

Vir a ser uma criatura da noite,

A vagar pelos umbrais,

Pedindo a Deus, me ajude,

Eu preciso encontrar minha paz.

E brigando com o meu próprio ego,

Num crepúsculo crescente,

Um silêncio só, se manifestar a escuridão,

Ansiando por diante do anjo da morte,

Ver com clarividência, a verdadeira israelense,

Entre dois mundos, que acabaram se cruzando.

Poema n.3.023/ n.92 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 16/12/2023
Código do texto: T7955245
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