INTENSIFICADOS

No que está pensando, diz meu coração!

Para parar de viver se enganando e,

E vir a buscar em sua inteireza,

Aquilo que só te faz querer sorrir.

Ah, doce esperança!

Sou tua máscara e teu poder.

Tua voz e teu jeito de renascer!

Que faz-me contigo pelas matas, correr.

E por entre os sonhos meus, a convidar-te!

Sentir de alguma maneira, na poesia, o baluarte.

Onde estreito nós, está, todas as partes de um só!

E nisso, ouvir em ti, suas veias pulsando o plasma,

Como as óperas clássicas a virem a nos despertar.

Eis que estais trajada de alabastrino,

Deitada em seu eterno leito, acordando.

E supostamente, eu não estou lá pra você!

Então, ergues-te apressadamente, pondo seus pés,

Sobre as diversas pétalas de rosas ao chão do cômodo.

Caminhas-te com uma nobre taça, do refinado vinho,

Sem pronunciar nada, de tuas transmutáveis palavras.

Reminiscências são inevitáveis!

Viventes assim, como seus cabelos soltos.

Teus olhos a mirar para um corredor estranho,

E os lábios, iguais aos das ninfas, a me procurar.

Dentro de mim, te encaro, e digo:

-Sabe…respaldo-me sempre em sua integridade,

Sendo que é em sua imperfeição, o jeito mais puro de te amar,

Provando a cada minuto, a profundidade do mel que há.

E num lapso de memória, o timbre de suas cordas vocais,

De maneira baixa, vem a me rasgar, implicitamente:

-Manifeste o seu desejo em mim, como se seu corpo,

Possuísse-me enlouquecidamente de febre, e sua alma,

Intensifica-se, devorando-me a substância que me dás.

Poema n.3.024/ n.93 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 18/12/2023
Código do texto: T7956730
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