CAÇADOR DE BEIJOS

Diante das estrelas do pensamento,

É que anseio ser assim, inteiramente a ti!

De fato, talvez, um caçador de beijos,

A andar contigo sob as águas.

Num mundo entre mundos,

Como se nos conhecêssemos!

E num tempo sobrenatural que nos revela,

A intensidade com que nos encontramos,

Fico sabendo que em meu íntimo, existe,

Algo que é o privilégio de te querer.

As mulheres de certa maneira,

Tem um jeito gracioso de olhar as coisas,

Chegando mais próximas da perfeição,

Onde acabo vendo que tenho,

A não compreensão do que elas são.

Contudo, a essência emanada de teu cerne,

Faz-me ambicionar ser tua face!

E peço por um instante que,

Como Christine, cantes pra mim!

Para afastar a taça da própria escuridão que sou,

Acendendo as lâmpadas que regozijam ao vê-la,

Mostrando-me que ainda posso ser seu,

O maestro de todas as suas volúpias e rimas.

Os deuses sorriram, quando a criaram!

Por seres a poesia que pensei.

E se me perguntares: - Onde moras?

Respondar-te-ei: - Lá onde teus versos me tocam,

E teus olhos, por si só, impecavelmente, me interrogam.

Diga-me, ó anjo! Haverá momento para tal,

No qual, num bosque deitaremos no campo e,

Despidos, afinal, de tudo que nos formamos,

Estarias preparadas para seres Margarida,

O amor de Fausto, antes do pacto com o diabo?

Poema n.3.026/ n.95 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 28/12/2023
Código do texto: T7963964
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