O Reencontro dos Amantes

Mas, em segredo, na calada da noite,

Ambos encontram um refúgio perfeito,

Uma ilha, onde o amor foge do açoite,

E se rendem ao desejo sem preconceito.

Em meio às sombras, encontram alento,

Nos beijos furtivos, nas carícias ardentes,

Num amor clandestino, quase um lamento,

Que os envolve em paixões tão convincentes.

Nem mesmo o mundo sabe da sinfonia,

Que ecoa entre corpos que se desejam,

As notas trêmulas da luxúria e melodia,

Presas, silenciadas, os amantes anseiam.

Vivem a dualidade de sentimentos,

Entre o fogo que arde em cada pele,

E o medo que os mantém prisioneiros,

No amor que consome, mas também revele.

E assim, em segredo, seguem adiante,

Protegendo o amor com cautela e zelo,

Encarando o perigo, enfrentando o instante,

No jogo proibido, onde tudo é singelo.

Que triste é saber que não podem se entregar,

Que o mundo condena o amor que sentem,

Mas em cada olhar, em cada respirar,

A esperança floresce, e o peito se alimenta.

Pois o amor verdadeiro, mesmo nas sombras,

Resiste a qualquer barreira ou embaraço,

E mesmo que o mundo os julgue e asso-mbra,

Eles seguem adiante, juntos, no seu abraço.

Assim, vivem no limiar deste perigo,

Dois amantes que se amam sem pudor,

Num enredo que o destino dá abrigo,

Em um amor que perdura, belo e maior.