Deixe-me

Deixe-me

Gritar, emudecer, cair e sujar; lambuzar meus olhos

Com a lágrima que cai em silêncio... Com a voz rouca

Em pranto sem cura

Deixe-me aqui... Assim sem palavras, só dor

Não se lembre do que fui, por que sequer fomos

Mas lembre-se que amei... Vivi intensamente cada segundo

Choro como criança, sinto, sua falta a cada segundo ou

Suspiro de dor... Chamo-te em sonho e te busco quando acordo

Em minha solidão.

Existi por alguns breves segundos em teu pensamento... Dos meus te

reservei morada permanente... Morando em mim a cada piscar de olhos

Habitando em mim de forma violentamente folgais, desesperada mente amo-te.

Com rebeldia te cultivo na mente... Com lágrimas salgadas engulo o abandono

Notório e cruel... Com tirania de um amor não correspondido me rebelo dos mais

requintes de crueldade na tentativa de desapegar desse amor.

Deixe-me por favor.