Os olhos, azul-anil-violenta..

verde musgo ou chumbado...

penetrantes...

às vezes, tristes, pensativos...

quase sempre felizes,

se perdem por sobre

os Telhados de Barro

à procura dos potes de arco-íris

que o tempo guardou.

 

As Memórias das Areias Coloridas

se estendendo a perder de vista,

explicitam o Horizonte Espelhado

na lâmina azul do céu...

... e do tempo...

 

Quantos mãos

para pintar

o teto deste universo

e erguer tantos Edifícios

de Palavras?

E há como cunhar

nas paredes desta caverna

alguma Sombra de Lucidez ?

 

A lágrima escorre

pelo chão de cimento

e Nada Ninguém Vê...

É que só das alturas

- inimagináveis -

pode-se perceber

os paredões

de Labirintos Impalpáveis,

mas que são caminhos,

para quem tem asas

e fome de céus...

ou de voos de alturas.

 

O que se esconde

por detrás das folhas secas

e reluzentes de Sol?

 

- Um Céu Matizado de Nudez

que se reconhece nos galhos 

que, com Mãos Estendidas,

entregam ao Amor

o corpo, a alma,

o espírito e o coração!!!

 

É assim que nossas almas

se conectam na imensidão.

Se aglomeram -

num Enlace Eterno -

como estrelas

de uma galáxia

em abraços apertados

e de sua própria luz e calor.

 

Fazem a soma de um mais um,

tendo como resultado Um -

na Matemática do Amor

 

"Te amo tanto, tanto:

Eu também te amo Amor!

Me espere: te espero!

És meu raio de Sol

minha Luz, meu Calor"