Coitada da poesia!...

 

Coitada da minha poesia!

Que espalhei por ai...

Sempre falando de ti.

 

Das travessuras

Dos sonhos...

De um amor sem lei!

 

Sempre te carreguei no verso

Ora blasfemando...

Ora desdenhando, e sussurrando teu nome!

 

Ou morrendo na desilusão

Na infelicidade,

Talvez, na tristeza de um caminho sem saída.

 

Coitada da minha poesia!

Perdeu-se em seu próprio verso

E não quer mais sonhar, sente-se inútil para o amor.

 

Não sabe mais se expressar

Perdeu todo o seu encanto

Virou um conto de terror

 

Abortada no proprio verso

Ficou estéril, e quase sem vida

Não consegue mais parir...

 

Coitada de minha poesia!

Que de tanta dor...

Morreu dentro de minh'alma!

 

Onde jaz:

Edificada no silêncio eterno!

 

#M#

Mardielli
Enviado por Mardielli em 13/02/2024
Reeditado em 27/02/2024
Código do texto: T7998445
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