QUE SAUDADE DE TÍ, OH! PORANGABA (Poema do filho ausente)

Como eu queria, neste exato momento, estar,

Pisando o amado chão do qual estou ausente;

Da terra onde nasci e nem vi o tempo passar,

Oh! Porangaba, de “Nossa Vida, Nossa Gente”

Hoje saudoso de sua praça, da igreja matriz,

Ainda sinto os aromas, os perfumes da cidade;

São versos saudosos, mesmo eu estando feliz, Que se fossem flores… exalalariam saudade.

Ah! Quem me dera estar, neste exato momento,

Na amada terra que deixei há alguns anos atrás;

Terra onde a gente nem viu o passar do tempo,

O sino marcava as horas. E horas de muita paz.

Estou a lembrar da tranquilidade que se fazia,

Onde se podia ouvir o lindo cantar do canarinho;

O momento era só dele! Era o que nos parecia,

Como nos parecia feliz o cantar do passarinho!

Se eu o questionasse, estou certo que ele diria,

Através do seu cantar que toda dúvida encerra:

“Eu canto para este chão, o povo escreve poesia,

Todos por termos nascido nesta tão linda terra”.

Como eu queria, nem que fosse “um minutinho”,

Pisar naquele chão, que até hoje perfume exala;

Cidade Sinfonia, que sob o cantar do passarinho,

Até o mais falante dos filhos para ouvi-lo se cala.

E neste “Aí, como eu queria…’’ que dói em mim,

Vejo-me de olhos marejados, num êxtase filial;

Alguém pode dizer que não, mas eu digo: Sim!

Dói demais a saudade, a saudade da terra natal.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 27/02/2024
Código do texto: T8008365
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