Véu do passado

O sol nascente na aurora de outrora

trás de volta o amor, depois da alcova

Pela vidraça o olhar sorria,

na mão uma taça, quase vazia

O vinho tinto rubro, seu corpo cobria

os pensamentos agora, não tão nítidos...

Um amor morto ou vivo

o coração dilacerado, num misto de amor e ódio

Gritava ao silêncio da alma sou o amante

o outrora de antes!

Rasgo dentro do peito as promessas mortas

carrego a espada que sangra o peito que te feres.

Aurora que me desnuda nesta alcova

sou o amor que vinga o passado vivo!

Trago nos punhos a corrente do passado

no olhar a chama ainda viva, não mais santa.