AGONIA

A pena suspensa no ar,

Um pingo de tinta

Sobre o papiro

Que se recusa

Explodir em rimas,

Versos serelepes

Ou melancólicos.

Que pena!...

Suspira o papiro

Pelo leve toque

Da pena sobre

Seu corpo deixando

As marcas poéticas

Que o tornem belo.

O tempo passa,

O pingo inerte

É tudo e um nada

Ao mesmo tempo.

O cansaço venceu

A força da mão

Que sustentava

A pena, não houve

Versos e nem rimas;

Apenas uma agonia poética....