A BAILARINA

Sob aquela mão pequenina e morena,

A caneta dançava de forma serena.

Era a esperança na mão da menina.

Ensaiava uma dança na mão de Carina.

A caneta avançava a cada ponto final,

Ela e a alegre Carina num enlace total.

A menina, em sonhos. E toda traquina,

A caneta se atrevia na mão da menina.

Na ponta dos pés, na mão pequenina,

Deslizava nas linhas a caneta dançarina.

E, assim a menina, com os pés no chão,

Multiplicava o sonho e aprendia a lição.

Ao ser perguntada, se queria um presente,

Com a voz doce, respondeu tão contente:

Uma sapatilha é meu sonho! E de fato,

Quero ser bailarina e dançar num teatro.

Na ponta dos pés, na mão pequenina,

Deslizava nas linhas…caneta e menina.

O tempo passou e o presente agora brilha,

Para a menina que ganhou uma sapatilha.

Hoje, em Dona Alice, a lembrança até dói,

É saudade de Carina que dança em Bolshoi.

Longe, a bailarina, de seu anjo não esquece;

Então, põe o nome Alice em todas as preces.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 25/03/2024
Código do texto: T8027735
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