Mãe !

Que de tua pele erguestes minha alma,

sou eternamente grata, pois sorrio na praça,

que quando era broto, me encherá de ti,

e hoje faço nascer pomos férteis de mim,

com teus cabelos presos, era quase um espelho

que eu, apaixonada, louvava com risadas,

que mostrastes também, a auréola da dor,

onde o ramo se encerra, e nasce a flor,

e quando acordo assim, na mansa aurora,

lembro de ti, sob uma orla deserta,

quando olhavas o sol, teu espelho,

esperando, para saudar também os leigos,

a ti canto, que usava brincos de palha,

e mesmo na dor o sorriso estampava a cara,

mãe ! que me destes está sua face,

e parte deste sangue, que é um rio de ouro

quase como nossas terras, antes dos louros,

onde corriam os rios dourados a luzir,

e hoje quase me cego, com a beleza do teu sorrir,

tão puro assim, meteoro amarelo,

que ilumina esta minha madrugada fria,

deusa minha ! que na ponta do céu, sempre brilha

Luana Cezar
Enviado por Luana Cezar em 30/03/2024
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