O Rosto

No oco de um sujo espectro

o enrosco que surge é o rosto

e os contornos suaves do resto

que restam no chão é um pouco

Que liga, liga esta sombra triste

em elos de um extinto país distante

no jardim que não tinha um fim nem existe

na imagem de tristeza de cada instante

No espelho um reflexo disforme

um engodo sem cú ou sem nome

o fruto é fogo falso que o consome

enquanto os monstros no pasto dormem

Do falso ao que não é verdadeiro

porem absurdamente o rei está nu

uma criança grita ao mundo inteiro

enquanto vacas no pasto gritam muuuuu

Pois comeram sanduiche desfermentado

no lugar de um matinho da harmonia

beberam água de um tacho mal lavado

água benta ao final da liturgia

Porem acho que tudo não tem sabor de nada

são apenas ondas sopradas pelo vento

enquanto isto o resto do rosto da risada

da circuncisão da enorme glande do monumento