Não posso

Não posso

Como posso definir?

Como vou explicar?

Querer deixar de sentir

Querer libertar me e sair

Se não dá.

É como um carma, um feitiço

É como um ímã potente

É como uma corrente

É como um vício.

É como estar amarrado

Como incauta presa

É como estar condenado

A morte sentenciado

Sem direito a defesa

É algo que vem de dentro

Intocável as mãos

Não é só sentimentos

É a fusão de elementos

É como uma erupção

Me cala, se é que consegues

Me barra como fosses um muro

Me amarre, se achas que deves

Me tomba, se a isso te atreves

Me tira este amor tão puro

Não posso negar me jamais

Não vou tirar me tal privilégio

se amar já está sendo demais

Porque tu o mesmo não faz?

Me queiras, como eu te quero.

Ladislau Floriano