Súplica ao Sol
Ao sol pálido que a luz rósea derrama
Sobre o campado que, de nós, foi leito
Suplico que me traga tu, minha dama
Num milagre, dentre todos, perfeito
O fantasma do teu toque ardente
Queima ainda nas memórias minhas
Como queima o que meu peito sente:
Paixão que arde sozinha
O que finges querer, isso não tenho
Mas é meu o que, em verdade, almejas
Qualquer um pode ver em teu cenho
O fogo etéreo que por mim flameja
Sei que negas, pois és, então, senhora
E senhor, de nada eu sou ou serei
Além do coração que levaste embora
E que agora imploro ao Astro-Rei