O Despertar de um Sonho

( Te observo enquanto dormes,

aparentemente tão indefesa e dócil como uma criança.

Beijo suavemente tua mão,

eu seria um nada sem ti).

( Aproximo meu rosto ao teu,

às vezes não acredito que estás perto de mim,

não permitirei que nada te machuque minha amiga, e meu amor).

Aceite-me sem precisar me compreender.

Fuja comigo da sociedade,

te mostrarei mundos infinitos dentro de mim,

tua rebeldia é a minha sombra.

Não precisa dizer que me amas,

não precisas me abraçar

nem inventar palavras afáveis para me conquistar.

Apenas fique comigo,

bem pertinho,

chorando quando eu chorar,

rindo quando eu rir,

me conhecendo sem precisar me fazer perguntas.

Não te deixarei quando tu me traíres,

não passarei na tua cara o que ontem me disseste,

não te trocarei por nada nesse mundo interesseiro,

estarei sempre ao teu lado

estarei sempre do teu lado.

Sei bem quando o teu sorriso esconde tristeza

sei o que sentes quando não consegues exprimir tua dor.

Conheço-te muito mais do que teus pais e amigos,

te conheço porque penetro em tuas angústias sem que tu saibas.

Conheço tua maldade e te amo cada vez mais porque é o meu destino.

Uma tempestade agita o meu interior,

Não queria estar só, mas estou,

Sempre estou; e isso nos diferencia bastante,

Porque não és capaz de desprender-te de ti mesma para me ajudar.

Eu perdi quando tentei te Ter,

Eu me vi perdi nos labirintos de uma tristeza que não esperava,

Eu te perdi por tua culpa.

Eu me entreguei e fiz o melhor que pude,

Feche as cortinas por favor,

Passe a chave por baixo da porta quando fores,

Quebraste intencionalmente o pacto que tínhamos,

Não estou nem um pouco a fim de viver hoje.

Quero ver o que teus olhos vêem,

quero sentir tua febre em teus momentos de lucidez,

quero me magoar com teus arrependimentos tardios,

quero sensibilizar-me quando tuas lágrimas caírem,

porque somente estou bem quando tu também estás.

O que nós somos meu amor?

Você e eu somos um !!! )

Contudo o que vejo não está mais lá,

sempre me acordo quando sonho demais.

Tantas coisas morrem quando se abrigam

na sombra de minha alma debilitada.

Nenhuma voz diferente da minha fala dentro de mim,

todos eles estão mortos para mim,

ou fui eu que morri para todos eles.

Todas as flores do meu jardim choram quando me levanto da cama,

o meu dia acaba quando acordo,

tua frieza meu amor me aquece,

faça-me crer que não estou sozinho.

A quem não assassinei friamente dentro de mim?

Confetes e aplausos para eles,

sempre para eles.

Aprendi a mentir pra mim mesmo,

e acreditar na minha própria mentira,

assim dói menos pensar em você meu amor,

dói menos...

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 06/01/2008
Reeditado em 04/04/2014
Código do texto: T805357
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