Estalinhos

Abri minha boca

Finalmente tocando as notas

De declaração delicada de sentimento

Nutrido em relação à você

Por meio desse instrumento de sopro

Que é minha voz

Ela te atingiu com a mesma violência

De leve brisa maritima

Somente após ecoar pelo seu corpo

Que ela te varreu como uma migalha

Em furacão

Sua reciprocidade surgiu aos poucos

Começando quieta e fraca, tal qual estalinhos

Evoluindo para traques, rojões, bananas de dinamite

Terminando como torpedos

Portadores das mais escandalosas e visíveis

Explosões de afeto e calor

Seu instrumento de sopro

Autor de uma voz tão linda

Soltou notas desesperadas e curiosas

Buscando por sinais e momentos

Nos quais deixei algumas notas

Com sinais do meu interesse visíveis

Porém não tardou para substituir essas

Com notas cheias de amor

Perguntando se podemos

Juntar nossas notas e realizar

Nossa própria sinfonia

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 03/05/2024
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