O BEIJO NO CONVENTO

Desejos que assombram a minha sóbria existência;

Talvez estejamos condenados a reprimir;

A vontade de nossas almas e corpos;

Calando nossos sentimentos por meio de um beijo;

Saciando a nossa sede pelo despir de nossos corpos;

Um sonho lascivamente desejado;

O terrível sabor do pecado;

Despindo nossos corpos e libertando as nossas almas;

Nos pegando até este inesperado entardecer;

Não temais o pecado e a vontade que resplandece o nosso existir;

Em nome do amor, iremos todos sucumbir;

Despindo nossos corpos e saciando nossos desejos;

Não há maldade em desvanecermos perante ao doce lampejo;

Uma luz que outrora iluminava nossos caminhos e destinos;

Agora reflete em nossos corpos despidos e descabidos;

Talvez não sejamos errantes perante ao insaciável desejo de amar;

Um beijo que outrora simbolizava a infâmia e o abominável;

Agora reflete as sombras de nossos corpos diante da tempestade;

Não há maldade no deleite insaciável de nossas paixões;

Me recomponho na luz de nossos beijos e anseios;

Oh amor que despiu me da inocência e decência;

Que nossos beijos e carícias venham a simbolizar o destino;

Caminhos que se constroem na chama de nossos corpos;

Meu amor que outrora fostes o símbolo de toda a inocência;

Nos entregamos aos passos da infâmia e da decadência;

Beijos e carícias que se transformam em chamas ardentes;

Transformando a decência em corpos decadentes.

Beijando ao entardecer;

Chamas que nos fazem enlouquecer;

Em nome do amor, não irei retroceder.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 10/05/2024
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