O BEIJO NO CONVENTO
Desejos que assombram a minha sóbria existência;
Talvez estejamos condenados a reprimir;
A vontade de nossas almas e corpos;
Calando nossos sentimentos por meio de um beijo;
Saciando a nossa sede pelo despir de nossos corpos;
Um sonho lascivamente desejado;
O terrível sabor do pecado;
Despindo nossos corpos e libertando as nossas almas;
Nos pegando até este inesperado entardecer;
Não temais o pecado e a vontade que resplandece o nosso existir;
Em nome do amor, iremos todos sucumbir;
Despindo nossos corpos e saciando nossos desejos;
Não há maldade em desvanecermos perante ao doce lampejo;
Uma luz que outrora iluminava nossos caminhos e destinos;
Agora reflete em nossos corpos despidos e descabidos;
Talvez não sejamos errantes perante ao insaciável desejo de amar;
Um beijo que outrora simbolizava a infâmia e o abominável;
Agora reflete as sombras de nossos corpos diante da tempestade;
Não há maldade no deleite insaciável de nossas paixões;
Me recomponho na luz de nossos beijos e anseios;
Oh amor que despiu me da inocência e decência;
Que nossos beijos e carícias venham a simbolizar o destino;
Caminhos que se constroem na chama de nossos corpos;
Meu amor que outrora fostes o símbolo de toda a inocência;
Nos entregamos aos passos da infâmia e da decadência;
Beijos e carícias que se transformam em chamas ardentes;
Transformando a decência em corpos decadentes.
Beijando ao entardecer;
Chamas que nos fazem enlouquecer;
Em nome do amor, não irei retroceder.