CARTA

– Meu caro amigo, eu te procuro e no momento


tenho um pedido a te enviar, presta atenção,
pois um convite sempre é feito de antemão,
por isso aqui com toda ênfase comento:
 
– Faz algum tempo já que eu vivo tão sozinha,
não tenho a quem me dedicar, vivo infeliz,
então eu soube que existias, e assim quis,
de alguma forma, unir à tua vida, a minha.
 
Mas comentários me fizeram conhecer
uma tal crença que nós dois compartilhamos,
de que o poeta, ao enganar com seus reclamos,
pretende apenas ao poema enaltecer...
 
Então aceita esta proposta veemente:

– Eu acredito que formamos um bom par
e te ofereço a minha vida partilhar,
porém prometo não te amar intensamente!”

 

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